
Exu larô, exu é mogibá!
(Salve Exu, exu trabalhador)
“Quando foi criada a Umbanda, foi criada também a figura do Exu na Umbanda.
Espíritos dependentes de depuração pela matéria (irão reencarnar) e que, espontaneamente:
* afinizam-se com o trabalho de guarda, limpeza, irradiação e de assentamento espiritual dos terreiros para a realização material da religião;
* ligados ao preparo das sessões, sendo indispensáveis para que aconteça, com paz e a harmonia, a livre manifestação de Caboclos, Crianças espirituais e Pretos-Velhos, por meio dos médiuns, para esclarecimento de todos;
* polícia de choque, que seleciona, por assim dizer, a entrada dos espíritos no congá, barrando os zombeteiros, quiumbeiros, galhofeiros...”
(...)
"Não existe exu neutro, como se fala, que faz o mal ou faz o bem. O que há é espírito que se utiliza indevidamente do nome de exu, agindo com encarnados que não despertaram para o seu encargo mediúnico.”
(...)
“Na grandiosidade de suas atividades, (...) não cabe maldade em exu.
Exu, na Umbanda, é sempre do bem. Só faz o bem. Tem desígnios e papéis bem definidos na seara de Umbanda, com ordem, disciplina, coração e mando, integrando a espiritualidade amiga existente nos mundos, toda organizada.”
“Exu não tem serviço junto às mesquinharias humanas.”
“Umbanda é caridade e não mata pelo orixá, ela vivifica os seres na vibração de exu-guardião” (A Missão da Umbanda – Norberto Peixoto – Ramatis, pg. 20).
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"A importância do trabalho dos exus é enorme, sem a qual a religião de Umbanda não acontece.
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São esses espíritos laboradores que realizam a limpeza de todo o ambiente, retirando miasmas e larvas não construtoras, existentes no campo da matéria e do espírito, que, caso fossem mantidos, interfeririam significativamente na atuação energética dos espíritos benfeitores.
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Os exus são mensageiros, correm endereços materiais colocados no centro para irradiação e dão destino às preces, como se diz no canjó, repassando-as aos amigos espirituais que atuam nas diversas moradas do Pai.”
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Vão até os endereços, recolhem espíritos ainda não edificados, dão encaminhamento a eles até a quem os possa conduzir aos locais adequados, acompanhando muitas vezes as incursões.
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Há também os processos obsessivos, em que os irmãos exus também exercem sua essencialidade na Umbanda.”
E o exu na Umbanda...
Por "Tambores de Angola", Robson Pinheiro:
“Muitos do próprio culto confundem os exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é lei maior e esses espíritos com aspectos os mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores (...) servindo a propósitos menos dignos.
Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos (...) passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo ‘trabalhos’, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumba, nos pântanos do astral.”
*** Exus são condutores, sempre vinculados a falanges maiores relacionadas às forças de Umbanda. Direcionam vasto número e espécie de espíritos existentes aos comandos adequados, garimpeiros de almas, permitindo o correto encaminhamento de seres perdidos após a encarnação, infelizes ou aqueles que simplesmente não encontraram a luz da evolução.
Exu, portanto, é caminho de evolução. Reconhece-se como ser em aperfeiçoamento e decide trabalhar, de verdade, no campo imaterial. Arregaçar as mangas, escolhendo a Umbanda.
Como exu, há muitos e muitos espíritos, com outras denominações, em diversas searas de trabalho espiritual. ***
Saravá Umbanda!

